terça-feira, 25 de novembro de 2008

História dos meus Cães (parte 1 )

Depois de formamos nossa própria família, eu, Sérgio e Yves , e mais por insistência minha, adotamos nosso primeiro cachorro.
Boby. Baú, claro. Afinal, era da família também. A coisa mais esperta e inteligente em matéria de cachorro com a qual convivi. Ele achava que era criança, tanto quanto as outras da família. Quando falo da família, incluo a Dani e o Diego. Filhos da Mara e do Clademir que conviviam conosco quase que diariamente.
Boby Baú. Que saudades. Era meu segundo filho. Nosso companheiro inseparável. Brincava de esconde-esconde com os meninos e espiava embaixo dos carros para ver onde eles estavam. Parecia um igual.
Quando nos ausentávamos, Boby deixava bem claro que não gostava de ficar sozinho. Tirava do varal todas as toalhas de banho e deitava encima delas na terra. Imaginem só como ficavam. Eram seus alvos também os tapa-pós do meu marido que ficavam pra secar. Desses, num arrebatamento de raiva, acredito eu, e para deixar bem claro que estava revoltado, ele arrancava todos os botões. E olhem, ele não tinha as ferramentas adequadas pra isso.
Quanta saudades....
Cachorro esperto. Faro apurado. Criado dentro do pátio mas sabia tudo de rua. Saía para dar umas voltas mas conhecia o caminho de volta pra casa. Quanto susto eu levei. Chegou a passar uma noite fora, o safado. Quase surtei. Passei horas procurando o bicho e nada. Quando dei as buscas por encerradas e já estava desistindo, voltei pra casa. Surpresa: lá estava ele. Deitado na garagem com dois metros de língua pra fora,
todo cansado. Não sei não, mas acho que ele andou namorando a noite toda. E me olhava com aquela cara de que não tinha acontecido nada. Eu não sabia o que fazia. Se chorava, se ria, se dava uns abraços ou batia nele.
Que saudades....
Como ele era lindo! O mais belo exemplar de Pura Raça Não Definida. E com rabo. E aquele rabo doía nas pernas da gente. Parecia um chicote. E batia com frequência porque ele sacudia o rabo com frequência. Estava sempre feliz.
Saudades....
Poucas vezes ficava triste. Mas quando ficava era com intensidade. Tanta intensidade
que chegava a ficar doente. E aí começou a bater a culpa de deixar o Boby sozinho.
Para minimizar a solidão de Boby achamos uma solução:
grande, pura, cara, linda, preta e assustada chamada Shara.
E aqui começa uma nova história...

Um comentário:

carlaloebleinrios disse...

é de emocionar!
são nossos companheiros!