Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Gonçalves Dias
Esses não são Sabiás mas são espetáculos da natureza. Eles aparecem lá na praia, quando o movimento de pessoas é baixo. Nos fartamos de observá-los e de tirar fotografias, só nos permitimos essa maneira de aprisioná-los. É o hobbie do meu marido. Já se acostumaram conosco e sabem que não lhes faremos mal algum. Deixam-nos chegar bem perto. São colírios para nossos olhos de tão belos. Passamos horas admirando a beleza ímpar desses seres que podem voar, cantar lindamente e nos causar tanta inveja.
Só nos resta prestar um tributo a eles. Essas criaturinhas tão pequenas e tão imensamente encantadoras.
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