Fôlego tomado, vou continuar a saga.
E o presente nasceu. Foi o primeiro a vir à luz.
E o presente nasceu. Foi o primeiro a vir à luz.
Shara ( minha cadela) ficava meio arredia quando ia parir. Só tinha confiança em mim pra repartir sua experiência. Era noite e fazia calor. Notei que ela se escondia na churrasqueira. Fomos ver o que era. Tinha chegado a hora. Arrumamos o ninho e ficamos esperando. Ela não dava um gemido, boa parideira que era. E veio o primeiro... enorme, lindo...e eu ajudei a segurá-lo com minhas mãos. Ela entregou-me aquele ser indefeso, depois de limpá-lo e deixou-me acarinhá-lo, admirá-lo ... e meus olhos se encheram d´água. É um espetáculo a parte o ato de trazer alguém ao mundo. O parto demorou bastante. Vieram mais onze filhotinhos. Uma maravilha! Casa cheia!
Como Bob ( meu cachorro) já estava com idade avançada e eu não ia deixar Shara procriar de novo para não judiá-la, resolvemos ficar com um cachorrinho para preservar a dinastia do casal. Na verdade eu tive duas paixões, o primeiro e o último, queria ter ficado com os dois. Seriam quatro em casa. Muito cachorro, muita comida, muita vacina e principalmente, muito cocô. Fiquei contente só com um, o primeiro. Meu filho deu o nome a ele: Junior
Junior era a coisa mais linda do mundo. Uma mistura de rotweiler/setter/pointer preto com caramelo. Tinha destaque entre todos pois era muito grande, dava o dobro do tamanho dos irmãos. E que bebezão ele era! Tinha uma força danada e queria tomar todo o leite. Todo mesmo, sem deixar nada pros outros. Tínhamos que ficar de olho nele senão ninguém mais mamava. Quando percebíamos que ele já tinha mamado bastante, tirávamos ele das tetas e cocolávamos ele longe pra dar tempo de outros mamarem. Ele se arrastava pela caixa e ia empurrando os outros com o focinho até pegar uma teta de novo. Arrancava todo mundo à força pra conseguir uma teta novamente.
Ele sempre foi muito grande e amoroso. Ficava ao lado da mãe dele,ou melhor, em cima da mãe dele o tempo todo. Mamava nela, dormia e brincava com ela. Era um grude. Não só quando filhote. Foi assim até ela morrer com 12 anos.
Junior era muito especial, principalmente pra mim, que tinha segurado ele no colo na hora em que nasceu. Me sentia mãe dele também, afinal tinha ajudado a trazê-lo à vida.
Junior apresentou alguns problemas de saúde durante sua vida, tudo devido ao seu tamanho. Ele era tão grande que colocava a cabeça encima da mesa sem espichar o pescoço. Sofreu duas cirurgias, uma em cada fêmur pois ele sofria de displasia coxo-femural. A primeira foi um sucesso. Parou de mancar e não teve mais dores. A segunda, uns quatro anos depois, não deu tempo de reabilitação pois ele veio a morrer de câncer no fígado.
Enquanto ele esteve vivo, encheu a casa. Não saía de perto da gente nem da mãe dele. Se estávamos na sala, lá estava ele, deitado na porta. Se estivéssemos na cozinha, lá estava ele deitado encostado no armário. Se íamos para o pátio e sentávamos na calçada, ele era o que ficava mais perto, babando a gente com aquele bocão enorme. Se não dávamos espaço, ele forçava com o corpo até ficar bem juntinho. Quando estávamos comendo, sentava do meu lado e ficava de plantão até eu dar alguma coisa pra ele. Se não fizesse isso ou demorasse, ele "afucinhava" meu braço com força como pra dizer "Ei! quero um pedaço!". Ficava ali me cutucando até sobrar alguma coisa pra ele. Acho que ele tinha símdrome de filho único. Tudo era pra ele, dele e da sua propriedade. Ele tinha que ser sempre o primeiro. E foi...
E assim ele conquistava todo mundo, fazia amigos com facilidade. Quando alguém lhe fazia um carinho ele não largava mais. Sentava e ficava esperando. Se o carinho não viesse, levantava sua pata e puxava a mão das pessoas pra avisar que ele queria mais.
Ainda hoje o vejo deitado na cozinha com a cabeça no degrau de cima da escada. Era o jeito que ele mais gostava de descansar.
Como Bob ( meu cachorro) já estava com idade avançada e eu não ia deixar Shara procriar de novo para não judiá-la, resolvemos ficar com um cachorrinho para preservar a dinastia do casal. Na verdade eu tive duas paixões, o primeiro e o último, queria ter ficado com os dois. Seriam quatro em casa. Muito cachorro, muita comida, muita vacina e principalmente, muito cocô. Fiquei contente só com um, o primeiro. Meu filho deu o nome a ele: Junior
Junior era a coisa mais linda do mundo. Uma mistura de rotweiler/setter/pointer preto com caramelo. Tinha destaque entre todos pois era muito grande, dava o dobro do tamanho dos irmãos. E que bebezão ele era! Tinha uma força danada e queria tomar todo o leite. Todo mesmo, sem deixar nada pros outros. Tínhamos que ficar de olho nele senão ninguém mais mamava. Quando percebíamos que ele já tinha mamado bastante, tirávamos ele das tetas e cocolávamos ele longe pra dar tempo de outros mamarem. Ele se arrastava pela caixa e ia empurrando os outros com o focinho até pegar uma teta de novo. Arrancava todo mundo à força pra conseguir uma teta novamente.
Ele sempre foi muito grande e amoroso. Ficava ao lado da mãe dele,ou melhor, em cima da mãe dele o tempo todo. Mamava nela, dormia e brincava com ela. Era um grude. Não só quando filhote. Foi assim até ela morrer com 12 anos.
Junior era muito especial, principalmente pra mim, que tinha segurado ele no colo na hora em que nasceu. Me sentia mãe dele também, afinal tinha ajudado a trazê-lo à vida.
Junior apresentou alguns problemas de saúde durante sua vida, tudo devido ao seu tamanho. Ele era tão grande que colocava a cabeça encima da mesa sem espichar o pescoço. Sofreu duas cirurgias, uma em cada fêmur pois ele sofria de displasia coxo-femural. A primeira foi um sucesso. Parou de mancar e não teve mais dores. A segunda, uns quatro anos depois, não deu tempo de reabilitação pois ele veio a morrer de câncer no fígado.
Enquanto ele esteve vivo, encheu a casa. Não saía de perto da gente nem da mãe dele. Se estávamos na sala, lá estava ele, deitado na porta. Se estivéssemos na cozinha, lá estava ele deitado encostado no armário. Se íamos para o pátio e sentávamos na calçada, ele era o que ficava mais perto, babando a gente com aquele bocão enorme. Se não dávamos espaço, ele forçava com o corpo até ficar bem juntinho. Quando estávamos comendo, sentava do meu lado e ficava de plantão até eu dar alguma coisa pra ele. Se não fizesse isso ou demorasse, ele "afucinhava" meu braço com força como pra dizer "Ei! quero um pedaço!". Ficava ali me cutucando até sobrar alguma coisa pra ele. Acho que ele tinha símdrome de filho único. Tudo era pra ele, dele e da sua propriedade. Ele tinha que ser sempre o primeiro. E foi...
E assim ele conquistava todo mundo, fazia amigos com facilidade. Quando alguém lhe fazia um carinho ele não largava mais. Sentava e ficava esperando. Se o carinho não viesse, levantava sua pata e puxava a mão das pessoas pra avisar que ele queria mais.
Ainda hoje o vejo deitado na cozinha com a cabeça no degrau de cima da escada. Era o jeito que ele mais gostava de descansar.
Quando Shara morreu ficamos preocupados com ele. Estava acostumado com outros cachorros. Viveu sua vida toda acompanhado. Como será que ele iria reagir?
Eu já tinha jurado pra mim mesma que não teria mais cachorros. Tinha doído muito a perda dos outros dois e eu já estava cansada de limpar, limpar e o pátio sempre estava sujo. Quem tem cachorro grande sabe do que estou falando!!!
Então, e sempre tem um então pra quem ama cachorros, o veterinário me ligou perguntando se eu não queria um rotweiler que a cadela dela tinha dado cria e os cachorrinhos estavam com sessenta dias. Comentei com meu marido que ia dar uma olhadinha mas não ia pegar nenhum. Estava realmente decidida. Não sei a quem eu estava enganando, mas isso faz parte de outra história. A mim mesma, com certeza. Fui lá. Vi os bichos, brinquei com eles e a mãe. Tem coisa mais linda no mundo que um filhote de cachorro? Voltei pra casa, ainda decidida, comentei com meu marido da beleza dos filhotinhos e reinterei minha posição de que não ia ficar com nenhum.
Esqueci do assunto e continuei só com meu amado Junior, meio tristinho com a perda da companheira, mas cada vez mais apegado a nós.
Assim ele permaneceu até sua despedida. Muito amado e querido por todos.
Ele era, com certeza, uma bênção pra todos nós!
Que saudades daquele bicho...
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