kkkkk,
recebi por e-mail e achei hilário.
É a pura verdade, mas quem resiste
a uma prainha dessas,
com tudo isso aí?
Pensando melhor, acho que é isso que torna tudo tão
deliciosamente horrível.
Se não fosse assim,
iria cair na mesmice de nosso dia-a-dia.
É pra isso que vamos lá, para mudar os hábitos.
Fazer coisas diferentes, conhecer gente nova.
Tudo isso acontece todas as vezes
e em todos os anos.
A minha praia só não tem as latinhas de cerveja
dentro da água do mar
nem gatos e cachorros na areia.
Com certeza as crianças da minha praia
devem fazer coleção
com alguma outra coisa...conchinhas talvez?
Vou rezar para que seja isso! kkk
Vale pelo texto que é muito criativo.
Ainda bem que a minha prainha
é um pouco diferente!
"E vem chegando o verão... Ótimoooo!
Verão também é sinônimo de pouca roupa
E muito chifre, pouca cintura e muita gordura, pouco
trabalho e muita micose.
Verão é picolé de Ki suco no palito reciclado,
é milho cozido na água da torneira,
é coco verde aberto pra comer a gosminha branca.
Verão é prisão de ventre de uma semana e
pé inchado que não entra no tênis..
Mas o principal ponto do verão é a
Praia! Ah, como é bela a praia.
Os cachorros fazem cocô e as crianças
pegam pra fazer coleção.
Os casais jogam frescobol e acertam a bolinha
na cabeça das véias.
Os jovens de jet ski atropelam os surfistas,
que por sua vez, miram a prancha pra abrir
a cabeça dos banhistas..
O melhor programa pra quem vai à praia é
chegar bem cedo, antes do sorveteiro, quando o sol
ainda está fraco e as famílias estão chegando.
Muito bonito ver aquelas pessoas carregando
vinte cadeiras, três geladeiras de isopor, cinco
guarda-sóis, raquete, frango, farofa, toalha, bola,
balde, chapéu e prancha,
acreditando que estão de férias.
Em menos de cinqüenta minutos, todos já
estão instalados, besuntados
e prontos pra enterrar
a avó na areia.
E as crianças? Ah, que gracinhas!
Os bebês chorando de desidratação,as
crianças pequenas se socando por uma
conchinha do mar,
os adolescentes ouvindo walkman
enquanto dormem.
As mulheres também têm muita diversão na
praia, como buscar o filho afogado e caminhar vinte
quilômetros pra encontrar o outro pé do chinelo.
Já os homens ficam com as tarefas mais
chatas, como perfurar o poço pra fincar o cabo do
guarda-sol.
É mais fácil achar petróleo do que
conseguir fazer o guarda-sol ficar em pé.
Mas tudo isso não conta, diante da alegria,
da felicidade, da maravilha que é entrar no mar!
Aquela água tão cristalina, que dá pra ver
os cardumes de latinha de cerveja no fundo.
Aquela sensação de boiar na salmoura como
um pepino em conserva.
Depois de um belo banho de mar, com o rego
cheio de sal e a periquita cheia de areia, vem aquela
vontade de fritar na chapa.
A gente
abre a esteira velha,
com o cheiro de velório de bode,
bota o chapéu, os óculos escuros
e puxa um ronco bacaninha.
Isso é paz, isso é amor,
isso é o absurdo do calor!!!!!
Mas, claro, tudo tem seu lado
bom.
E à noite o sol vai embora.
Todo mundo volta pra casa tostado e
vermelho como mortadela,
toma banho e deixa o sabonete
cheio de areia pro próximo.
O Shampoo acaba e a gente acaba lavando
a cabeça com qualquer coisa,
desde creme de barbear até
desinfetante de privada.
As toalhas, com aquele cheirinho de mofo
que só a casa da praia oferece.
Aí, uma bela macarronada
pra entupir o bucho
e uma dormidinha na rede
pra adquirir um bom torcicolo e
ralar as costas queimadas.
O dia termina com uma boa rodada de tranca
e uma briga em família.
Todo mundo vai dormir bêbado e emburrado,
babando na fronha e torcendo
pra que na manhã seguinte,
faça aquele sol e todo mundo
possa se encontrar no mesmo
inferno tropical.
Qualquer semelhança com a vida real,
é uma mera coincidência."
Luís Fernando Veríssimo
Nenhum comentário:
Postar um comentário