quarta-feira, 25 de maio de 2011

Descasos...

Vim hoje postar minha indignação com órgãos públicos e privados do local onde moro. Pelo meu perfil, todos sabem que resido em São José dos Pinhais, Paraná, região metropolitana de Curitiba. Para quem já andou por aqui é sabido que não temos muitos recursos de atendimento em determinadas áreas como, por exemplo, atendimento policial. Temos então que apelar para Curitiba. Estamos acostumados por aqui, a ver na televisão e em todos os tipos de mídia que moramos no paraíso. Posso até concordar que, se comparados ao resto do país, talvez tenhamos um nível de qualidade de vida melhor que os outros locais mas, só posso concordar em uma mínima parte com isso. Vou explicar o porquê: meu filho trabalha nas dependências da Renault que fica em São José dos Pinhais, mora nesta cidade e estuda na Faculdade Positivo em Curitiba. Para fazer todo este percurso ele utiliza o Contorno Leste que dá acesso mais rápido a esses locais. Sexta-feira passada, dia 20 de maio, em torno das 22h e 30 minutos eu e meu marido recebemos um telefonema dele contando o acontecido: ele estava vindo para casa pelo contorno leste e foi vítima de um atentado à "pedra armada". Uma pessoa, do nada, jogou um pedaço de concreto em seu carro bem na altura da janela do motorista. Resultado: uma janela estilhaçada, uma vigia quebrada, uma porta afunadada com trinco estraçalhado e um retrovisor que não existe mais. Por muita sorte, ele se abaixou na hora do golpe e o pedaço de concreto passou por cima de sua cabeça. Meu marido, diz pra ele vir embora e não se preocupar que íamos ligar para a polícia de casa. Agora, pasmem , vem a pior parte desta história triste e o motivo pelo qual falei no início que aqui não vivemos nenhuma utopia, ao ligarmos para a polícia fomos muito mal atendidos, com um descaso e uma falta de vontade impressionantes. Fomos informados de que já havia uma viatura no local atendendo um acidente no outro lado da pista e que pelo visto, meu filho, que também era uma vítima não merecia atendimento nenhum. Como obtivemos uma resposta insatisfatória das autoridades, que não perguntaram nem nome, nem extensão de danos, nem o tipo do carro para tentar prestar auxílio, partimos para a mídia. Tentamos, em vão, informar à redação da Gazeta do Povo o que estava acontecendo. Nem atenderam o telefone e devido a nossa insistência, a telefonista desligou o telefone na nossa cara. É possível? Sim, muito possível em um estado que vive de aparências e tenta passar para o resto do país que aqui vivemos em estado de graça. Grande engano, vivemos em estado de alerta, tentando conviver com assaltos, roubos, assassinatos, seqüestros e outras coisas mais. Os órgãos policiais dão um atendimento precário, pelo menos pra mim e minha família. Sempre que precisamos eles não estão lá, nos deixando à mercê de marginais inconseqüentes que colocam a vida dos outros em jogo como se fossem marionetes. Vou excluir desta falta de competência a Guarda Municipal de São José dos Pinhais, único tipo de segurança pública que demonstra interesse em solucionar algum problema.
Tenho vergonha de ter que expor estes problemas aqui mas foi o que me restou diante de serviços públicos e privados que estão aqui somente para atender a "alguns" e se o assunto der ibope no jornal. Sinto tristeza em dizer que este, na minha opinião, não é um país sério.

7 comentários:

Liège Mathias Anacleto disse...

Realmente triste essa situação em que nos encontramos, mais vc disse uma coisa certa, as pessoas acham que vivemos no paraíso, mal sabem, que vivemos sim, sob uma cortina de fumaça.
E só nos resta esperar em Deus , por que ta cada dia pior.
Mais que bom que seu filho não se machucou.
um grande beijo e parabéns pelo texto incrível, muito bem escrito!
beijos
lihh

pituxasilva disse...

OLá amiga.

Em Portugal acontece o mesmo ,e tb dizem que Portugal é um país á beira mar plantado.
Força amiga

beijos e lambidelas da malta
pituxasilva

Ana Kroetz disse...

Infelizmente, é a mais pura verdade!O cidadão está órfão há muito tempo...Apoio sua indignação,minha amiga e faço minhas as suas palavras!
Bjs,Ana.

Sue Paula disse...

Rosani, primeiramente, sinto pelo ocorrido ao seu filho e graças a Deus que ele nada sofreu, somente o carro.
Depois, CONCORDO COM TUDINHO o que escreveu. Fico indignada pois estas pessoas que trabalham nos órgãos públicos se esquecem que tb podem ocorrer acontecimentos do tipo com elas. Gosto de enfatizar que são os "cidadãos" que formam os órgãos públicos e privados. Ou seja, o ser humano está cada vez pior, desempenhando "mal e porcamente" seu papel na sociedade.
Fica com Deus.
Abracinhos no coração
Sue

Mery Vale disse...

Amiga,
estou indgnada como você...infelizmente vivemos no caos,se dependermos dos órgão competentes...pobre de nós,única coisa boa disso tudo é que nada de mais grave aconteceu com seu filhote...graças á Deus!!!Aqui em Sanjo se não fosse a Guarda Municipal,não sei o que aconteceria com esta cidade...!
Agora que me desculpe por estar comentando sempre atrasada...mais é que só sexta feira que ntro no pc...senão não consigo fazer tudo o que tenho para fazer...cuidar da casa,família...e meu artesanato e quando chega a tardinha já to morrendo de cansaço,deve ser a idade...rsrsr!
Beijos minha querida e fiquem com Deus e um bem quentinho fim de semana,por ta muito frio...cruzes!
Mery

Cristina Ramalho disse...

Puxa Rô que perigo hein!!! Nossa... Graças à Deus que nada de mal aconteceu ao seu filho, mas deve ter sido um grande susto!! É a falta de segurança em todo Brasil, lamentável mesmo... :(

Fanzine Episódio Cultural disse...

A Caixa de Pandora

Quando criança
Eu falava com os anjos,
Enxergava o mundo
Com os olhos da Inocência.

Cresci, tornei-me um homem
Cheio de idéias, metas e planos.
Abri minha caixa de Pandora
E só encontrei o engano.

Revoltado e sem esperança, lancei-a ao mar
Junto com a minha frustração
Que, calada, não se manifestou.

E agora, o que fazer?
O passado sepultei,
O presente neguei,
O que dirá o meu futuro?

Arrependido, voltei ao penhasco e,
Ofegante, a caixa procurei.
Por um momento, desesperançoso, orei.
O que eu desejava não acontenceu,
Mas uma resposta um anjo me deu:

Revelou-me que sem lutar
Um homem derrotado se torna.
Sem objetivos e sem sonhos
Sua vida é vazia de glórias.

*Do livro “O ANJO E A TEMPESTADE”, de Agamenon Troyan