Parafrazeando o poeta "Que me desculpem os bons, as crianças e os puros mas ser irracional, às vezes, é fundamental". O que nos falta hoje é agir sem pensar, agir com o coração. Os animais fazem isso e parece-me que estão se saindo melhor do que nós no quesito humanidade. Aliás, não sei mais a quem se aplica esse termo. Se a nós que pensamos ou aos que não foi dada essa possibilidade. Se observarmos melhor a atitude de certos bichos em relação à vida, notaremos que não é preciso mais do que sentimentos para tomar a atitude certa na hora certa. Se não pensássemos tanto, se não avaliássemos tanto, se não pesássemos tanto os prós e contras de tudo o que fazemos, poderíamos ser, sentir, falar, amar, e agir mais intensamente. Devemos sim pensar duas vezes antes de fazer algo que venha a prejudicar alguém. Na hora de beneficiar os outros, nessa hora não. Esta é a hora do impulso, do coração, do irracional. Demonstar amor, estender a mão, ser solidário, emprestar os ouvidos, desejar o bem não necessita de grandes avaliações. Parece tão simples e mesmo assim não somos capazes, como os ditos irracionais, de termos atitudes dignas para que possamos viver em harmonia e como gente que somos. Somos egoístas e egocêntricos, e se nós e os nossos estão bem, tudo está bem. O mundo gira em torno de nosso próprio umbigo. Só que o mundo é muito maior do que isso mas teimamos em não enxergar. É mais cômodo. É mais fácil. E assim vamos seguindo. Por vezes, surge aqui e ali alguma manifestação de racionalidade mas não é suficiente. É preciso muito mais e melhor. De todos e de cada um em particular. Até do nosso pobre e infeliz umbigo. Decididamente temos muito que aprender com os bichos.
Um comentário:
Mensagem muito pertinente! É verdade! Os animais parece que estão perdendo menos o sentimento de cooperação.
A humanidade, em um caminho inverso, tá muito individualista. Pudera! Hoje, é tão difícil confiar e algumas vezes plantamos tanto e nada colhemos em termos de amizade e amor que acaba por gerar desconfiança e descrédito em relação ao outro. Mas há ainda alguns que conseguem deixar algum brilho naquilo que fazem. E é preciso voltar a acreditar no ser humano que somos e/ou podemos ser e também no outro.
Muitas vezes, ao invés de perguntar as pessoas, é melhor também nos perguntamos: o que fazemos pelo outro, o que faço pelo outro? Que amor dou às pessoas? Se existir primeiro essa preocupação em cada um, facilita bastante as coisas.
Fica com Deus!
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